A própria matéria do NY Times
menciona o fato de que, mesmo que o risco de uma ação acontecer (gravidez, no
caso) seja muito pequena, a repetição dela no tempo aumenta a probabilidade de
falha.
Como exemplo, o uso da
camisinha masculina durante dez anos gera 86 grávidas a cada cem mulheres.
Outro detalhe probabilístico
não mencionado é que o uso de dois métodos concomitantemente diminui a chance
de falha. Minha namorada e eu tínhamos (estou solteiro no momento) como
estratégias contraceptivas a pílula e a camisinha masculina. Nas aulas de
matemática da escola se ensina que a probabilidade de dois eventos
independentes acontecerem é a multiplicação entre as probabilidades de cada um.
Se a chance da camisinha masculina falhar, no decorrer de dez anos, são 86%, e
da pílula, 61%; a chance de ambas falharem, quando usadas juntas, é de 0.86 x
0.61 x 100%, isto é, 52,46%.
Vale notar que os valores altos
apontados buscam descrever um uso típico dos métodos, isto é, a forma
desleixada que as pessoas se agarram aos milagres da ciência esquecendo-se que
tudo que é mal feito não gera os melhores resultados.
O uso perfeito da camisinha,
durante dez anos, tem 18% de chance de falha, e a pílula, 3%. A probabilidade
de ambas falharem seria 0.18 x 0.03 x 100%, o que dá uma probabilidade de 0,54%
de ocorrer uma gravidez indesejada.
Usar os métodos contraceptivos
de forma perfeita é algo difícil, contudo, a melhora advém da prática. Sexo é
bom. Sexo seguro, melhor.